Investigação levou à prisão de várias pessoas por incitação e assistência ao suicídio
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Mulher de 64 anos foi a primeira a realizar morte assistida na ‘cápsula’ de suicídio – (crédito: Divulgação/The Last Resort)
Na Suíça, um evento marcante ocorreu recentemente com a utilização da cápsula de suicídio assistido, conhecida como Sarco, levando a uma série de prisões. No dia 23 de setembro de 2024, uma mulher de 64 anos, identificada como americana, utilizou a cápsula em uma floresta próxima a Merishausen, resultando na morte por hipóxia, um processo que ocorre devido à falta de oxigênio. Este método permitia que a pessoa controlasse a situação, após responder a uma série de perguntas que confirmavam sua decisão.
A prática de suicídio assistido é legal na Suíça, mas exige supervisão médica, algo que não foi cumprido no uso da Sarco. As autoridades iniciaram uma investigação, resultando na prisão de várias pessoas por suposta incitação e assistência ao suicídio. A promotoria local classificou o uso da cápsula como inadequado e não conforme com as leis de segurança de produtos, levando ao confisco do dispositivo.
Desenvolvida pelo ativista australiano Philip Nitschke, a Sarco já havia gerado polêmica desde sua apresentação ao público em julho de 2024, sendo vista como uma inovação controversa dentro do debate sobre direitos ao fim da vida.
Apesar das intenções da organização The Last Resort, que defende o uso da cápsula, a ministra da saúde da Suíça, Élisabeth Baume-Schneider, destacou que o equipamento não atende às normas legais necessárias, especialmente em relação ao uso do nitrogênio.
Este episódio lança luz sobre as complexas questões éticas e legais que cercam o suicídio assistido, especialmente em um país que já possui um histórico de permissividade em relação a essa prática. O caso certamente continuará a gerar discussões intensas sobre os direitos individuais e as responsabilidades legais em relação ao fim da vida. Para mais detalhes, você pode acessar as fontes completas da DW e do Correio Braziliense.