O bombardeio é uma resposta à morte do líder Hassan Nasrallah, do grupo terrorista Hezbollah.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou que o lançamento de cerca de 200 mísseis contra Israel, ocorrido nesta terça-feira (1º), reflete apenas uma fração do poder ofensivo iraniano.
Ele alertou enfaticamente: “Não entrem em confronto com o Irã”, reforçando a mensagem de que o país está preparado para um escalonamento militar caso seja necessário.

O governo de Israel prometeu retaliar o ataque iraniano, que foi classificado como “sério” pelo porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, com a garantia de que haverá “consequências”.
A força aérea de Israel continuará seus “ataques poderosos” em todo o Oriente Médio.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou que o país está coordenando assistência para as forças israelenses e reafirmou o direito de Israel à autodefesa.
O Pentágono revelou que o ataque iraniano foi o dobro do ocorrido em abril.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O recente ataque do Irã contra Israel ocorre no contexto da guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês que recebe apoio do governo iraniano.
Esse confronto se intensificou um dia após Israel lançar uma “operação terrestre limitada” no Líbano. Em resposta, Israel vem conduzindo uma série de ataques aéreos no país vizinho, atingindo inclusive Beirute. A ofensiva de setembro, que causou mais de 500 mortes, marcou o dia mais mortal para o Líbano desde 2006.
Segundo o Exército israelense, seus ataques têm como alvo membros do grupo terrorista Hezbollah e sua infraestrutura. O Hezbollah, considerado uma das forças paramilitares mais fortes do Oriente Médio, é aliado do Hamas, grupo que invadiu Israel em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido à escalada de ataques, milhares de civis do sul do Líbano e do norte de Israel precisaram ser deslocados. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu garantir o retorno desses cidadãos às suas casas, estabelecendo essa meta como um objetivo de guerra a partir de 17 de setembro.
Além disso, o conflito resultou na morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque aéreo israelense em Beirute, fato confirmado pelo próprio grupo. Os ataques também causaram a morte de dois adolescentes brasileiros, levando o Itamaraty a condenar os atos de violência e pedir o fim das hostilidades.
Com o agravamento da situação, o governo brasileiro anunciou uma operação de repatriação para retirar brasileiros que residem no Líbano.